Minha lista de resoluções de ano novo só tinha três letras

Eu admiro muito quem fez uma lista de resoluções pra 2018. Achei lindo real, metas organizadas uma embaixo da outra, separadas por área da vida, coisa fina, coisa de coaching. Dia 31 de dezembro eu só dei graças a deusa que o ano chegou ao fim. Tudo o que eu mais pensei foi “ufa!”. Três letras. E só.

2017 foi tão, mas tão difícil, que nem passou pela minha cabeça fazer alguma lista. Eu só queria que 2018 fosse mais gentil com a gente. Que não traga nenhum acontecimento maluco e enlouquecedor, que não leve as pessoas embora do dia pra noite sem aviso prévio, que não nos falte saúde mental (nem grana, porque né?), amigos, bons drinks, conversas, silêncios, brilho de carnaval, rede na varanda, almoços e jantares, família, amor.

Se tiver isso já tá bão. O resto é um dia depois do outro. Fazer yoga, meditar, andar no parque, academia, curso disso, workshop daquilo… Como é que eu ia pensar em fazer lista depois de um ano daquele? Foi um ano que deu um caldo atrás do outro. Sabe quando você tá no mar, coisa linda, vai dar um mergulho e na hora de levantar vem uma onda, mais uma, outra, e quando você vê o mar te devolveu pra areia com a bunda ralada e o maiô cheio de areia? Claro que você sabe do que eu tô falando.

No fim eu tava mais cansada que a Luciana Gimenez no Twitter.

Mas minha virada foi linda, fiz vários rituais, banho de ervas, meditação, limpei a casa pra receber o ano novo. À noite um belo jantar, espumante, bem delícia! Porque depois de tanto caldo, eu só consegui dizer pro mar: eu vou entrar, vê se dessa vez dá uma trégua. Please. And don’t fuck it up. 

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Luana Ribeiro

É jornalista especialista em jornalismo cultural. Há mais de dez anos atua com comunicação digital. É sócia da Casa Lab e lidera a área de conteúdo da agência. Escreva para ela no luana@casalab.digital

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