Ter uma agência de conteúdo liderada por mulheres e composta por 95% de profissionais mulheres me ensinou – e ainda ensina – muita coisa durante os quase cinco anos em que esse cenário foi desenhado e se manteve fiel aos seus objetivos.
No início, perguntas como “de quem é a empresa?” ou “como a Casa Lab funciona” com aquela névoa de significados obtusos que vêm com a pergunta me incomodavam, ao que hoje o interlocutor recebe uma resposta assertiva de que as donas somos nós, duas mulheres, e que a empresa funciona desenvolvendo narrativas para as estratégias e dos nossos clientes, nas áreas de educação, música, gastronomia e lifestyle.
Simples, não? Nem tanto.
O que mais diz essa resposta
Uma resposta curta carrega, também, muitos significados. Muitos aprendizados, como eu disse ali em cima. Afinal, a gente aprende também, ao empreender, que é preciso compreender além da palavra. Minha resposta hoje significa também que:
Sim, temos equipe de mulheres e aliados empenhados em fazer do mercado um lugar mais acolhedor e que lhes confira também autoconfiança profissional. Nos empenhamos em proporcionar um ambiente seguro para todes onde as equipes possam trabalhar sem desenvolver problemas de saúde mental acarretados por um ambiente altamente tóxico.
Desenvolvemos uma liderança baseada naquilo que acreditamos, sem opressões, imposições sem escuta e disposta a ouvir, trocar e a conduzir também os trabalhos para o resultado que nós sabemos que podemos ter. Isso significa também que trabalhamos muito para não reproduzir comportamentos aprendidos ao longo da nossa jornada profissional, que incluiu trabalhar em agências, instituições e assessorias há mais de dez anos. Pelo tempo, você pode imaginar com tudo o que já nos deparamos.
A resposta significa também que promovemos um ambiente para que todes se sintam à vontade para contribuir com ideias e colocar em prática sua criatividade e no qual percebam que é possível se desenvolver e que isso também faz parte de um ambiente de trabalho saudável. Esse ambiente inclui sistematizar o pensamento criativo e atuar com metologias que favoreçam equipes ágeis, criativas, engajadas e responsáveis.
O que é bom para vários não é bom para todos
Mas, não se engane: como não estou descrevendo um conto de fadas, nem todo mundo se adapta. Já tivemos uma profissional que foi embora com um mês de trabalho e outras que foram, naturalmente, buscar maior realização em outras empresas. Faz parte de qualquer jornada.
O que quero dizer é que ter uma empresa de mulheres nos faz olhar para o mercado sempre procurando esse protagonismo ou proporcionando espaços para que mais profissionais possam colaborar para que a equidade de gênero seja uma realidade.
Já contamos com jornalistas, publicitárias, roteiristas, redatoras, pedagogas, videomakers, designers, editoras de vídeo, ilustradoras, fotógrafas, todas mulheres. Com isso geramos valor, nos fortalecemos e sempre estamos com olhos atentos para que mais trabalhos envolvam mulheres em todas as nossas frentes de atuação.
Vamos em frente!