Em 2020, os profissionais de educação se viram diante de um cenário inédito quando, de repente, tiveram que dar aulas totalmente a distância. Muito rapidamente, professores precisaram criar aulas remotas e driblar todas as adversidades dessa nova demanda: era preciso ter computador, um bom pacote de dados, fazer vídeos, lidar com pais inseguros e ansiosos e desenvolver um relacionamento com os alunos de forma remota.
Como na Casa Lab atendemos dois projetos de educação, precisamos capturar muito rapidamente as angústias desse público. Com a ajuda do Stilingue e a partir da gestão de comunidades nas redes sociais, principalmente o Facebook – uma particularidade dessas comunidades – conseguimos identificar que o sentimento geral era (além da exaustão provocada pelo novo cenário) de muita incerteza sobre como poderiam agir.
Eles deveriam se tornar, além de professores, criadores de conteúdo? Como aprender da noite pro dia a lidar com novas ferramentas e plataformas?
Foi a partir desses questionamentos que, com estratégias de inbound marketing, criamos três materiais ricos e aprofundados para esse público, gerando valor para os projetos, fortalecendo as comunidades e aumentando a base de usuários nas plataformas próprias.
Passo 1: acolher
Com um time formado por uma redatora, dois CRMs, sendo uma jornalista e um publicitário e uma coordenadora de conteúdo, traçamos a estratégia para acolher os professores no que era então o primeiro momento durante a pandemia. A ação envolveu ainda designers e a gerente do projeto.
Entramos, claro, na onda das lives. Na verdade, demos continuidade a um projeto que começou ainda em 2019. Ano passado, proporcionamos diversos diálogos entre especialistas e professores já habituados ao ambiente digital, além de trazer autoridades em educação para conversar com a nossa audiência.
Na esteira das lives, como complemento e material de apoio, desenvolvemos o e-book intitulado “Novos olhares para a educação: reflexões sobre o distanciamento social”, com dados do universo da educação e uma visão sobre o sentimento de pais e professores. O material foi enviado via newsletter como uma forma de reconhecer que o projeto entendia o momento delicado pelo qual todos estávamos passando.
Passo 2 – Promover novos saberes
As plataformas digitais ganharam ainda mais relevância quando se tornaram a única forma de comunicação entre professores e alunos e mesmo entre a rede de educação, que envolve docentes e coordenadores de educação.
Foi essa também a percepção do público da plataforma Escola Digital, que oferece ferramentas para professores criarem aulas e trocarem entre pares. Naquele momento, mais do que uma ferramenta de apoio, a plataforma era um recurso essencial para aprimorar práticas de educação no dia a dia.
Ainda durante a pandemia, criamos um manual com noções básicas de comunicação digital e dicas para a utilização de aplicativos e plataformas que facilitam a vida de criadores amadores.
Enviamos o material via newsletter e recebemos um retorno muito positivo da rede de usuários, que enxergou no material a preocupação com quem estava vivenciando diversas situações pela primeira vez.
Passo 3 – Dando o próximo passo
Mesmo na adversidade, é preciso planejar. Ainda que 2020 tenha nos ensinado a seguir o curso do rio, 2021 chegou com a gente em outro patamar, cientes de que mesmo com todas as mudanças era preciso seguir em frente dentro das nossas possibilidades.
Foi assim que, encerrando 2020, o ano da pandemia global, produzimos um planner e disponibilizamos para todos os concluintes dos cursos da plataforma Trilhas. No material, noções de planejamento e organização, um modelo de anotação de aula para o professor e um modelo de anotação de leitura proposta para o docente.
Com essas três etapas executadas em momentos distintos ao longo dessa jornada de atravessamento da pandemia, que conseguimos apoiar o público com ações que, além de reforçar a autoridade dos projetos, comunicaram que os professores, tão atingidos nesse novo cenário, não estavam sozinhos.